sábado, 4 de junho de 2011

Em busca da tal felicidade....

Nós mulheres quando somos pequeninas, temos visão de felicidade com o casal de bonecos Barbie e Ken, eles são bonitos, ricos e felizes, os desenhos infantis também mostram esse lado, princesas, príncipes e gentilezas, o casamento é simbologia de felicidade e crescemos com esse sonho encantado em nossos corações, casamento+ príncipe encantado+ filhos = FELICIDADE.

Na vida adulta muitas mulheres tem latente esse sonho em seus corações, mas o que muitas delas não sabem que a " tal felicidade" é singular, vem de dentro para fora, está dentro de nossa alma!

A felicidade nunca pode ser depositada nas mãos de outra pessoa, ela é nossa!! Interligada a sombra, ar e a cada pulsar de nosso corpo.

Nossas conquistas pessoais refletem o quanto o lutamos por ela e o quanto ela foi e veio em nossa direção, muitas vezes passando ao nosso lado e pela nebulosidade de nossas mágoas deixamos ela passar e passar....E ai com nosso jeitinho a chamamos: - Ei, volta aqui estou em busca de vc, a minha vida toda.... Mas ela é pontual e ponderada, passa em alguns momentos de nossas vidas e infelizmente algumas vezes  recua um passo, por isso temos que valorizá-la, a cada dia, a cada minuto sua triunfante entrada!

Eu confesso que também tinha essa simbologia de amor eterno, homem- mulher era sinônimo de felicidade, hoje eu a sinto perto de mim, brota em mim, com cada conquista e cada sorriso de criança que encontro ao meu encontro, ela está em um pedaço de bolo de chocolate, em uma conversa amiga, o som da minha respiração, um livro lido, em um olhar materno, ela está no banco das praças e na compra da blusa vermelha que eu tanto queria, está em um corte de cabelo novo, em um currículo enviado, em um módulo finalizado de minha pós, está no prazer de cozinhar e no deleite de dormir....Sei que tem muitos fragmentos de minha felicidade espalhadas por aí, mas vou colhendo e montando o meu mosaíco humano...Completa e incompleta de acordo com as minha verdades e crenças.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O fim de um relacionamento pode não ser tão trágico quanto aparenta ser.

Todos acreditavam que se tratava de um príncipe. Sempre gentil, abria a porta do carro, dava presentes com freqüência, era bonito, galanteador e falava eu te amo com tanta freqüência que até mesmo a mais desconfiada das mulheres acreditaria. Um dia o príncipe foi embora, sem muitas explicações disse que o relacionamento estava desgastado e que apesar de todo amor precisava ir embora. Na verdade ele já havia achado uma “nova princesa”. Ele se casou, teve filhos e é bem provável que nem se lembre que um dia deixou um castelo em ruínas causado pela infinita tristeza do abandono.

Por muito tempo o castelo abalado e solitário viveu as sombras da indignação e revolta, ninguém pode imaginar o quanto ela sofreu.

A princesa só conseguiu seguir sua vida quando percebeu que a culpa pelo seu sofrimento era exclusivamente sua. Sim. Nós somos responsáveis pelos nossos sofrimentos e por permitir que as pessoas entrem em nossas vidas e façam o que quiserem. Esquecemos apenas que somos a única pessoa que tem a chave do portão e que podemos controlar a entrada e saída. Mas então, como sabemos quem é príncipe e quem é sapo e como controlamos a “portaria” da nossa vida ? Fácil, os príncipes não existem, com exceção é claro dos desenhos, filmes e novelas. O resto é farsa. Infelizmente crescemos com a falsa idéia de que alguém irá nos salvar e de que seremos felizes para sempre. O resultado é que criamos expectativas demais nas nossas relações e principalmente na outra pessoa. Não podemos nos comportar como se fossemos princesas a espera de salvação, primeiro porque princesas também não existem e segundo porque não podemos depender de alguém para nos salvar ou para sermos felizes.

Outra questão é o “foram felizes para sempre”. Porque um relacionamento só dá certo se ele dura para sempre? Não deu certo se durou 1 dia, 1 semana, 1 ano? Vocês não foram felizes por aquele determinado tempo? Porque lamentamos a perda ao invés de comemorar a felicidade que experimentamos? Porque não respeitamos a decisão do outro em não querer mais nossa companhia? Alias, sabe aquele falso príncipe do início da história, o mau caráter? Ele não é tão mau assim como parece, tem uma história de abandonos desde a criança o que gerou uma necessidade de atenção muito maior do que a pobre princesa podia dar, por isso não podemos culpá-lo, pois naquele momento ele precisava de algo que ela não podia dar. Portanto, podemos dizer que estar juntos em um relacionamento é caminhar na mesma direção, com o mesmo objetivo, quando um ou os dois sentem necessidade de mudar de caminho, existe a possibilidade do fim do relacionamento. Imaginem uma mulher aos 15, 20, 30 anos e verá que somos seres em constante evolução, nossos desejos mudam e a pessoa que está ao nosso lado também.

Quanto a princesa, ela deixou de ser princesa e por conseqüência não quis encontrar outro príncipe, casou-se com um homem normal, com todos os seus defeitos e é claro qualidades. Mas antes disso tudo, aprendeu a ser feliz sozinha e passou a acreditar no amor sem cobranças, sem correntes e sofrimentos. Terminou a faculdade, foi promovida no emprego, comprou sua casa, tornou-se independente. Um dia saiu com alguém sem pretensões, não sentiu aquele frio na barriga, nem viu estrelas e corações caírem, mas ali de mãos dadas pode sentir a segurança e confiança de um homem comum. Não podemos dizer que eles serão felizes para sempre, mas podemos afirmar que hoje eles são, e é isso o que importa.

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